Olá.

7 comments:

Rita said...

Olá, jctp!

Tenho saudades, já te tinha dito?

E Olá!, já te tinha dito? ;)

Estás um bocado lacónico...

Falo eu, ok? Como sabes, detesto o silêncio.

Entrei hoje de férias e espero rodear-me de verde dentro em breve.

Antes: limpar, limpar, limpar! As obras da minha casa terminaram finalmente!

...

A minha vida está uma grande, grande confusão. Um dia talvez tenha oportunidade de te explicar.

Está visto que estou quase a inaugurar um blog de nome Diário Íntimo.

Ainda podia apagar esta merda, mas é mesmo isto que te quero dizer.

Fica bem!

Achas que assim quebrei o silêncio?

ana said...

a primeira e mais festiva das palavras. se fosse homem das obras seria esse o meu piropo favorito "oláaaa!!!!??!!!" diria eu

Rita said...

Olá!


Estás a apagar textos outra vez?

Sabes onde fica a paragem do 45? ;)

Estás zangado, seguramente.

Não é lá muito fácil perceber-te.

Agradam-me os mistérios.Ficou-me de criança: agora vamos brincar a quê?

Suponho que as razões que te levaram a fazer isto não são de brincar e que se prendem com outros acontecimentos passados na blogosfera.

Mas é só uma suposição...

...

És muito impulsivo ou pretendes que te leiam dessa forma?

...

Errei em tudo. Ok. Não é fácil comunicar.

Fica bem.

Um beijo!

jctp said...

Não estou a apagar. O blog é que se está a comer a si próprio. Está em processo de autofagia. É um blog autofágico. Mas os posts continuam guardados na despensa.

Toma lá

Rita said...

Obrigada, jctp!

Aches que apanhe no Cais do Sodré e vá até ao Prior Velho ou que faça a viagem ao contrário?

...

Toma lá?

Alba said...

Não me creiam louca, precipitadamente. Antes de tal juízo formularem, leiam atentamente os dados que fui coligindo e analisando minuciosamente.

Era uma vez um blog que começou a auto-devorar-se.
Bem devagar, sem rumores nem tambores.

O autor, uma espécie de Pigmalião, tão contemplativo e perfeccionista como o mito/arquétipo era um tipo estranho...
Apaixonara-se por uma floresta fértil em reflexões humanísticas.
O autor desejava-a deslumbrante e dela tratou com muito zelo, tanto zelo que a floresta se tornou um Éden de beleza improvável. Convocou Marx, Arthur Miller, pensadores relativistas e músicos que nos falavam de diamantes loucos e do tempo. Sim, do tempo. De “nós e eles”. Pela floresta passeou Marilyn Monroe, bela e triste como nenhuma outra.
A floresta vicejava.
O autor teve a desfaçatez de contar-nos algumas das cousas que mais amava. A Beleza, exemplos magníficos de Beleza... Como a floresta. Cousas que nós amamos e desconhecemos as palavras certas para dizer.

Não me julguem louca, mas estas coisas, por vezes têm preço.

Um dia, o autor apresentou-nos um irmãozinho da floresta:
Um quadro negro inspirado por Alice. Uma Alice que partira. Uma Alice cuja sorriso deixara uma sombra, para sempre, no seu sobretudo cinzento (ele queria que nós pensássemos que o sobretudo era cinzento).
Muitos de nós estimámos ternamente Alice. Quisemos protegê-la. Outros... não me tomem por louca, mas acredito que alguns passaram a vibrar mais com Alice do que com o resto dos escritos do autor. Ou melhor, passaram a preferir Alice ao autor.

E se calhar era esse o grande sonho narcísico do autor!

O autor destruiu a floresta prometendo-nos algo bem verde, "O livro da Esperança", não era? Não sei contar-vos tudo sobre este caso. Creio que o autor nunca se adaptou ao cenário e pulava endiabradamente para o quadro negro.
Acabou por destruir o livro verde.
Acabou por destruir Alice, quase ao mesmo tempo.

Nós esperneámos e sugiram mais algumas crias. Ele abandonou-as sem compaixão e, no entanto, todas eram inocentes e luminosas. Mas ele não se satisfazia facilmente. Ele queria mais, queria diferente. Sacrificou as crias!

Agora temos este novo quadro negro. Vai mirrando lentamente, vocês já repararam....

E o autor confessou-nos que nada apaga, que o blog se auto-devora.

Não me chamem louca, mas isto não vos traz velhas evocações?
Rafael e a sua “Peau de Chagrin”?
Existem pactos, pois! O autor é um moralista, são os moralistas que mais facilmente celebram estes acordos puritanos.
Porra, é uma hipótese, ou não?

(Vale-nos o facto de que os manuscritos não ardem e eu, na minha profissão de fé para com o autor, helàs, acredito que o amor de Alice, de Margarida, de Pauline, ou de qualquer de vós poderá quebrar o anátema da “Peau de Chagrin” deste escritor romântico pós-moderno que conhecemos por jcpt.)
Não, não digam isso, não sou doida!

Rita said...

Alba,

(desculpa, jctp, sei que este espaço é teu)

Gostei muito do que li e não te acho doida. Acho que tens é uma tremenda capacidade de análise, para além de escreveres muito bem.

É sem dúvida uma hipótese, nada destituída de sentido. Eu formularia algo diferente, se o conseguisse. :)

Bom, vou continuar a vir aqui... pode ser que se povoarmos este espaço de bonitas árvores e sentimentos o jctp desista do seu pacto.